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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O que é a verdade? Você é da verdade?

Caros leitores.

Temos visto muitos problemas ocorrerem com casais nos aconselhamentos que fazemos, a maioria deles devido as questões que envolvem a verdade. Devido a falta da verdade, os relacionamentos vão se deteriorando e famílias são destruídas. Lugares onde reinou a mentira e a obscuridade, coisas reconhecidamente, do mal.

"Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? E dito isto, de novo saiu a ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum." (João 18: 37-38)

O que é a verdade? embora a pergunta não devesse ser esta, pois Jesus disse: "...a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz". Talvez a pergunta adequada devesse ser esta: que testemunho é este, quem são os da verdade e o que é a verdade? Pilatos certamente não saberia dizer quem eram os da verdade. Será que realmente sabemos o que é a verdade? Somos da verdade? Ouvimos a voz do Senhor? Pergunto ainda: estará a verdade ligada, de certa forma, a hipocrisia, já que é oposta a mentira?

Será a verdade:
- a sinceridade do coração, das nossas reais intenções?
- reconhecer realmente o que se pensou e o que se disse numa ocasião, sem querer justificar-se?
- praticar a realidade das coisas, sem disfarces, sem máscaras?
- relativa? Se é relativa é real e autêntica?
- Jesus Cristo de Nazaré?
- a palavra de Deus?
- ou nada disto importa, desde que vivamos felizes, pois o bem e o mal, além de Deus, também não existe? É tudo relativo?

Mas se Deus existe, serão as coisas abaixo, boas para nós e agradáveis à Ele e dentro da Sua vontade? (somente alguns exemplos)

- viver num ambiente de falta de transparência e verdade?
- esconder fatos dentro do casamento (fazer coisas sem o outro saber)?
- falar mal do cônjuge ou de pessoas que não estão presentes?
- falar coisas reais, verdadeiras, misturadas com mentiras para destacar/justificar algo?
- as mentiras para um fim proveitoso, edificante, os fins justificando os meios?
- pregar o que não se vive, como faziam os fariseus e faz o sistema religioso atual?
- os atos da dona de casa, relapsa que deixa a casa suja o tempo todo, mas que quando vai chegar uma visita faz uma correria para limpá-la, para mostrar capricho, numa hipocrisia doméstica?
- homens que escondem fatos importantes para o casamento, mas que só vem a tona depois de consagrado o matrimônio, trazendo sofrimento e decepção para sua esposa e para todos envolvidos?
- mulheres que gostam de comer, mas quando estão solteiras e querem casar, fazem uma radical dieta e uma agenda dura de exercícios físicos, ficando assim numa super forma até casarem, mas depois comem sem medida e não se importando mais com a sua forma, muito menos com a enganação e a mentira que vitimaram seu esposo, a quem dizem amar, tendo preguiça até para caminhar quando o marido estaciona o carro um pouco mais longe da entrada de onde querem entrar?
- o cônjuge declarar ao outro que, o salário é seu e que faz o que bem entender com ele e que tem seus direitos, além de dizer, que dá tudo o que seu (como se fosse só seu, esquecendo que tudo é dos dois e antes disto de Deus)? 
- fazer do dinheiro o seu seguro, sua alegria, seu prazer, seu tesouro, seu deus?
- administrar com malversação seus recursos financeiros?
- aumentar os fatos para melhorar um testemunho qualquer?
- colocar fatos, escolhas exclusivamente nossas, nossas vontades, como obras de Deus, para criar um testemunho ou justificativa para convencer alguém?

As coisas aqui elencadas, são somente poucos exemplos do que acontece na vida dos casais e expressam coisas ruins, que trazem danos aos relacionamentos. Olhe que nem falamos de adultério, vícios e uso inadequado do tempo nas famílias (trabalho, lazer, tempo destinado aos filhos, esposa(o), etc.).

E, por fim, será a verdade crer que Deus não existe, que Jesus Cristo não existiu, que os apóstolos e personagens bíblicos eram avatares de um mente humana prodigiosa que tudo inventou e que todos os que crêem em Deus são loucos, fanáticos, etc.?

Das tão poucas perguntas acima, para tantas dúvidas e indagações que pululam nas nossas mentes, faço outra pergunta: afinal o que é a verdade e quem são os da verdade?

Conclusões: 
Executamos magistralmente a ocultação da verdade, como numa conspiração particular, apelando até para o relativismo para justificar nossas mentiras. No entanto, o que mais dói e nos destrói é que enganamos a nós mesmos, afastando as bençãos de Deus, que não compactua com mentiras, enganações, hipocrisia, manipulações e falsidades. O botão de autodestruição já foi pressionado. A contagem regressiva está em andamento. Precisamos abortar a operação, mas não se trata do pressionar de uma simples tecla. É preciso muito mais.

Como estava Faraó para libertar o povo de Deus no Egito, assim estamos nós, com nossos sentidos obstruídos pelo pecado que já deveria estar destruído pela obra de Jesus Cristo de Nazaré. Como a Igreja de Laodicéia, que muito se achava, também estamos nós, na verdade, miseráveis, pobres, cegos e nús. Veja que o anjo que fala estas coisas para a Igreja de Laodicéia é o Amém, a testemunha fiél e verdadeira, tudo a ver. Exposto está, que somos extremamente necessitados de vestes novas e do ouro refinado do Senhor, para que conheçamos a verdade, "verdadeiramente".

No entanto, não importa o que fazemos, ou deixamos de fazer. Temos que procurar viver uma vida reta, justa e real/genuína. Há de se saber que tudo neste mundo é vaidade, tudo passa. Nossa vida é passageira, tanto estamos aqui como, num instante, já não mais estamos, aguardando-nos somente o esquecimento. Tudo são frivolidades. Vivemos uma vida angustiada, à toa, quando podíamos viver uma vida plena em Jesus Cristo de Nazaré, na liberdade que ele nos proporcionou e que conquistou naquela Cruz. Ficamos ocupados em viver cada fase das nossas vidas, mas na realidade constatamos que tudo é angustiante e escravizante vaidade. Tentamos agradar pessoas, tentando ser o que não somos, tentando aparentar o que não se pode, usando máscaras, usando artifícios, manipulações, estratégias e disfarces para não nos apresentar como realmente somos. Não há nada que possamos fazer em oculto que escape da escrutinação do Senhor, mesmo antes de fazermos. Viver feliz em Deus é necessário, reconhecendo o seu senhorio e a sua soberania. 

Para fechar, talvez Jesus Cristo tivesse vontade de dizer à Pilatos: 
  Como vou te explicar a verdade se, além não ser o tempo certo, você não está preparado para ouví-la e entendê-la?

Se Jesus Cristo fosse desprovido de amor, e os fins fossem outros, certamente Jesus diria: 

— além de tudo você não é um dos que são da verdade. 

Mas Jesus ficou em silêncio, diante da pergunta de Pilatos, quando tinha tanto a dizer (certamente não o que escrevi acima), com toda a autoridade, por ser Deus encarnado. Saberemos nós, o que realmente é a verdade? Será ela relativa? será que estamos vivendo a verdade que agrada à Deus? A verdade será o próprio Deus? Somos daqueles que são da verdade, como Jesus falou, para que possamos ouvi-lo?


Todo aquele que é, genuinamente, do Senhor, é da verdade e nela anda e nela crê. Que cada um de nós possamos fazer um diagnóstico de nossas vidas e endireitar as nossas veredas enquanto ainda há tempo. Enquanto há vida, há tempo de sermos luz para nos juntar à de Deus. Oremos para que o Senhor abra nossos sentidos e nos dê a tão necessária sabedoria e discernimento de todas as coisas, dentro da sua vontade.

Fiquemos todos na paz, que excede todo o entendimento,
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré, Yahushuah Hamashiah.

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