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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Julgamento e decretos na vida dos outros

Esse artigo tem como tema o julgamento, o decreto e o estabelecimento de penas para os cristãos, por aqueles que deveriam simplesmente aconselhar e apoiar os irmãos em Cristo Jesus, principalmente no que diz respeito ao repúdio, ao divórcio e ao novo casamento. 
O homem tem o mau hábito de julgar e decretar nas vidas dos outros semelhantes, assumindo assim o papel de Deus. Pensam que podem saber, por exemplo, se o relacionamento de um irmão(ã) com sua(eu) pretendida(a), vai dar certo. Não se contentam em aconselhar e impõem as suas conclusões e ordens, como faria um ditador, dizendo que é a vontade de Deus. Caso o irmão insista, em muitos casos, ele é praticamente expulso da congregação, pois sofre uma espécie de discriminação, culminando, quase sempre, na sua saída do grupo, muitas vezes abandonando até a fé. O que esses "juízes" não entendem é que nosso Deus é um Deus pessoal e trata dos problemas de cada um personalizadamente. Cada caso é um caso. Para demonstrar mais claramente o que digo, apresento um caso bíblico que ilustra perfeitamente isso. Os fariseus trouxeram, à presença de Jesus, uma mulher flagrada em adultério. A lei vigente na época, dizia que a mulher deveria ser apedrejada até a morte (onde estava o homem que adulterou com ela, para ser apedrejado?). O que fez Jesus? Depois de escrever algo no chão e de ser novamente inquirido, disse que quem não tivesse pecado algum que atirasse a primeira pedra. O único que poderia apedrejar a mulher, porque não tinha pecados, era Jesus. Mas ali não ficou um sequer para condená-la e Jesus disse-lhe que ele também não o faria. Despachou-a então, aconselhando-a que não pecasse mais. 

Poderia se entender facilmente que Jesus não cumpriu a lei. Os fariseus diziam isso, que Jeus não se importava com a lei. Todos sabemos, na verdade, que Jesus cumpriu toda a lei. Só ele poderia fazer isso, pois não possuía a semente pecaminosa de Adão. Esses fariseus adulteravam em segredo, utilizavam-se do "serviço" das prostitutas e adúlteras, mas colocavam um jugo, um fardo sobre as pessoas, que eles mesmos não podiam suportar e carregar. Como poderiam, então, julgar e condenar alguém a MORTE por não cumprir a lei? Guardem bem isso e liguem ao que será exposto logo abaixo. Isso acontece todos os dias na atualidade. As pessoas, baseadas na lei, no caso na bíblia, decretam e MATAM seu irmão em Cristo, através das suas imposições como se tivessem o poder de ver o futuro do que estão julgando e decretando. Deus é onisciente e só Ele tem o poder de julgar. "Graças à Deus" que isso não é uma atribuição nossa. Temos que entender e viver isso, mas contrariamente, o homem deseja o poder sobre a vida das demais pessoas e segue julgando, condenando e estabelecendo as penas. Casos semelhantes estão por toda a bíblia, por exemplo: A mulher samaritana (Jo 4:16-18). Ela teve cinco maridos e aquele com quem ela estava não era seu marido. Jesus a condenou? Jesus falou a respeito, mas essa mulher serviu de instrumento para que muitas pessoas cressem que Ele era o Messias. Jesus não a apedrejou ou a amaldiçoou, muito pelo contrário, ela serviu aos seus propósitos. Foi benção. Moisés também teve seus problemas. Era marido de Zípora, mulher cuxita-Etíope, motivo pela qual Arão e Miriã falaram contra Moisés. A lei dizia que as pessoas não podiam casar-se com estrangeiros. Além disso, Moisés teve mais de uma esposa. Como Moisés pôde? Deus deixou de usar Moisés por isso? Deus o amaldiçoou? Ele perdeu o respeito e a honra que seu povo lhe prestava? Claro que não!

Muitos judeus eram polígamos. Repudiavam suas mulheres facilmente, como exemplo, apenas por elas queimarem a comida ou caso achassem que outra era mais formosa. Havia discussões entre os rabinos, sobre isso. O tema repúdio e divórcio era muito controverso. Repúdio em hebraico é shalach. Divórcio é keriythuwth. São coisas diferentes e foram diferentemente tratadas na bíblia. Os homens muitas vezes repudiavam sua mulher, situação pela lei, que não permitia que elas casassem novamente. Esses homens, de maneira cruel, não lhes davam a carta de divórcio, tornando-as assim inaptas para um novo casamento, pois estariam em pecado. Deus abomina o repudio, pois as mulheres ficavam numa situação terrível, marginalizadas, muitas vezes jogadas a mendicância. Para entender, veja o que diz em Deuteronômio:
“Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem, e este também a desprezar, e lhe fizer carta de repúdio, e lha der na sua mão, e a despedir da sua casa, ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi contaminada; pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança." (Dt 24:1-4)
Assim esse homem não poderia mais voltar para essa mulher. Os fariseus perguntaram a Jesus sobre esse assunto: 
"E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;"(Mc 10:2-5). Disse Jesus ainda aos apóstolos, quando foi novamente inquirido: "E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera. (Mc 10:10-12)
Jesus, que vivia no tempo da lei, deu um fim nisso ao dizer:
"Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor."
(Mt 5:31-33)
Quem julgará isso? O Senhor e somente Ele.

Quando esses irmãos forem para o aconselhamento, os conselheiros devem lembrar desse episódio da vida de Jesus Cristo (da mulher adúltera) e se perguntar: o que fariam os fariseus nesse caso? mas o mais importante: o que faria e diria Jesus Cristo à esse irmão? Lembrando-nos do que disse o apóstolo Paulo, que a letra mata, mas o espírito vivifica (2Co 3:6). Vivemos hoje na Graça, na Nova aliança, temos o Espírito Santo de Deus, ou seja, o próprio Deus morando em nós e que nos orienta.

Devemos desobedecer a Lei? Jesus desobedeceu a lei não apedrejando a mulher adúltera? Os fariseus entendiam que sim. Quando julgamos e decretamos na vida das pessoas, as estamos MATANDO, pois não temos condições de discernir o futuro de ninguém. Poderemos estar errando feio e conduzindo essa pessoa a uma vida de maldição, separando-a das benção que Deus lhes havia preparado e o pior: tornando-a estéril na sua vida pessoal e ministerial. Queremos carregar essa culpa? O que preocupa, é que tudo é feito em nome do Senhor, como terrivelmente fizeram (e ainda fazem) muitos homens no decorrer da história, com suas atrocidades para com seus semelhantes. Podemos, realmente, saber o que é melhor para os outros? Somos tão mais espiritualizados do que o irmão em Cristo? Somos melhores do que ele? Só nós temos o discernimento do Espírito? Só nós temos a unção? Claro que não! 

Nosso papel é aconselhar, porque vivemos também na carne, sujeitos ao erros, enganos, enfim, sujeitos ao pecado. Além de vivermos sob a influencia da carne e de sofrermos as influências da carne dos outros (as situações a que somos expostos pelas outras pessoas), vivemos num mundo dominado pelo mal. Somos separados, mas ainda sujeitos a influência da carne. A carne milita contra o espírito. Como podemos ir além dos conselhos? Se a pessoa é de Cristo, ela tem o Espírito Santo de Deus que nela habita. Não será Ele o suficiente para falar com o irmão? 

Temos que incentivar o irmão a fortalecer-se na fé, orar, ter comunhão, intimidade com Deus, para que assim ele possa ouví-Lo a respeito da situação específica e ter a solução necessária. Isso vale para tudo e para sempre.

Na prática vemos que muitos relacionamentos que foram devidamente "avalizados" pelos líderes religiosos e suas congregações, e feitos no "Senhor", deram muito errado. Então, automaticamente, temos que pensar no outro lado da situação. E aqueles relacionamentos que foram julgados pelos mesmos líderes, desaprovados, considerados errados, sem futuro, fora da vontade de Deus, e que impediram os irmãos de continuarem se conhecendo e de se casarem? Muitos desses nem se trata de casais divorciados, mas sim de pessoas que colocaram sob avaliação dos seus líderes religiosos a pessoa com quem estavam orando para se relacionarem. Quem garante que não poderia ter dado certo? Quem garante que esses líderes não erraram e impediram as bençãos de Deus? Será que Deus concordará com o julgamento que fizeram? Todo homem que julga será julgado da mesma forma que julgou. Sabemos que somente Deus julga corretamente, sendo assim, estaremos sempre na desvantagem, errando em algum ponto e tendo que prestar contas dos nossos julgamentos. 

Afinal a vida que mora em nós é de Deus e não do homem para que possamos entregar nossos destinos nas suas mãos. Jonas não queria pregar em Nínive pois sabia da misericórdia de Deus e que Ele lhes daria nova chance. Mas Jonas não gostava do povo de Nínive e queria condená-los. Queria de descesse fogo do céu e os consumisse. Mas Deus é amor e mesmo para aquele povo pecador deu a possibilidade de salvação, pela sua misericórdia. Deus é o único que pode julgar e condenar, mas mesmo assim não o faz, veja o que fez Jesus no caso da mulher adúltera. Não será o exemplo de Jesus Cristo o suficiente? Vamos ainda querer sair mandando "a torto e a direito" na vida dos outros, como se soubéssemos administrar perfeitamente a nossa?

Hoje, nas congregações, muitos pastores não acham explicação quando seus filhos, casados no Senhor, acabam se separando e se divorciando. O que fazer nessa situação? Tratam-se de jovens que tem uma vida inteira pela frente. Segundo a bíblia, não poderiam mais casar e teriam que viver sozinhos o resto de suas vidas. Os pais, pastores, fazem vista grossa e tocam a vida em frente, pois não tem uma solução bíblica para isso. Será mesmo? Todo pastor, que não é o pai dos desses jovens, de fora desta situação, certamente decretará: Não poderá se casar novamente! Colocam imediatamente, as pessoas debaixo de maldição, sua maldição. Pergunto: O que Jesus Cristo, pessoalmente, diria? Apedrejaria? Amaldiçoaria. Onde está a vida plena e abundante que Ele nos prometeu? Só no reino espiritual? Para não ficar nessa situação, esses jovens acabam se apartando das congregações e muitas vezes da própria fé. Deixando de frutificar em todos os aspectos. As congregações abandonam essas pessoas com seus pecados. É isso que Deus quer? Será essa a vontade de Deus? Nessa hora é que esses jovens deveriam se fortalecer e permanecer, ainda mais na fé. Muitos dizem que essas pessoas separadas, divorciadas, deveriam somente servir ao Senhor. Mas e os dons necessários? Alguém poderá dizer: O Senhor dará os dons a esta pessoa e ela deverá serví-lo, exclusivamente. Notem os julgamentos e decretos que os homens fazem. Muitos poderão ainda dizer, a felicidade aqui não importa, é melhor vocês "plantarem" os tesouros no céu, ou seja, já que se divorciaram, devem viver uma vida sozinhos aqui, para ter o seus galardões no céu! Não acham isso meio parecido com o islã? Só falta dizer que a pessoa deve sacrificar sua vida, num ataque kamikase, aos políticos de Brasilia, pois é a vontade de Deus, e lá no paraíso 72 virgens o estarão esperando (e as mulheres como ficam no paraiso?). O que alegam está perto disso, que não é o que Jesus disse à Igreja de Laodiceia, pois eles deveriam comprar o verdadeiro ouro refinado pelo fogo do Senhor. Também nos foi dito que não imaginamos as coisas que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

Será a separação, divórcio e novo casamento, um fator determinante para mandar alguém para a Geena (inferno)? Pergunto-lhes então, onde fica a Graça imerecida? Será que pelas minhas ações serei mais digno do que outro? Será que um homem que não teve o aval dos seus pastores, mas saiu da congregação, casou-se noutra, e vive uma vida abençoada, é menos digno do que aquele que casou com o aval, frequenta a referida congregação, mas vive adulterando e maltratando sua esposa  (falsa submissão) e filhos. Serei escolhido pelo que faço ou sou escolhido pela soberania e Graça de Deus? Ou será que a Graça imerecida é somente para obras e não situações da vida, como no exemplo em tela? A resposta é obvia. Não há o que possamos fazer para receber a salvação do Senhor. É graça imerecida. Ninguém merece. Somos todos pecadores. Será que Deus, misericordioso, que perdoa um terrível assassino, não perdoará alguém que errou no seu casamento, ou qualquer outro pecado? Se houver reconhecimento e arrependimento, verdadeiro, do pecado, o Senhor perdoará, pois Ele conhece o nosso coração. Jesus disse que estava tudo consumado. Morreu pelos nossos pecados. Não adianta tentar enganar à Deus. Quem nos acusa todos os dias é o diabo, não Deus. 

Certamente muitos poderão pensar que ao dizer estas coisas sou a favor da separação e do divórcio, contrariando a palavra de Deus, e indo contra o que parece estar muito claro na bíblia. Digo: muito pelo contrário. Sabemos muito bem dos estragos causados por separações e divórcios. Conhecemos a dor dos filhos e os problemas que eles enfrentam por causa disso. Digo nós, porque Eu e minha esposa trabalhamos para a manutenção saudável das famílias, baseados exclusivamente nas verdades bíblicas. O casal e a família devem ser mantidos por todos os meios santos.  Muitas vezes acontece o impossível e ocorrem muitas restaurações milagrosas, de famílias já muito desgastadas. O que não se pode, é fugir de situações para as quais não temos uma resposta satisfatória e fazermos vista grossa para isso, abandonando aqueles que necessitam de apoio. Independentemente da situação temos que estar firmes no Senhor, não abandoná-lo, pois Ele jamais nos abandona.

Será que Jesus terá que descer do céu, e dizer pessoalmente, que novamente estamos interpretando tudo errado, como faziam os fariseus? 
Muitos julgam e condenam seus semelhantes, mas quando acontece na sua casa, o julgamento é outro. Para sua casa sempre há uma nova chance, mas para os outros é a dura lei. Cuidado!

Não quero julgar ninguém, não é atribuição minha. Esse artigo é uma admoestação e não um julgamento a quem quer que seja.

Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.



quinta-feira, 24 de abril de 2014

Posicionamento nas decisões

Para o desenrolar do tema, preciso explicar logo de início: 
  • Nosso Deus não é um Deus de confusão; 
  • Contrariamente ao que muitos terapeutas afirmam, existe o bem e o mal; 
  • Não há a batalha, como tantos pensam, entre o bem e o mal, Deus contra o diabo;  
  • O Senhor, nosso Deus, é poderoso, soberano, criador de todas as coisas e tem o controle sobre tudo; 
  • O Senhor permite determinadas ações do mal, talvez devido ao livre arbítrio ou pela volição que Ele nos concedeu ou talvez ainda, por mistérios, coisas que não podemos entender. 
  • Esse texto não te levará a tomar decisões pela tua própria vontade, como poderá ser mal interpretado, à princípio. Quem realmente entendê-lo, será liberto e conhecerá o verdadeiro tempo e vontade de Deus, para todas as decisões da sua vida. Quem foi liberto pelo Filho de Deus, Jesus Cristo de Nazaré, é verdadeiramente LIVRE.
Neste artigo, quero apenas trazer algumas verdades bíblicas que nos ajudam, no que diz respeito ao posicionamento e decisões nas nossas vidas. Vivemos, muitas vezes, situações em que pensamos que Deus está "moldando" o nosso caráter. No entanto quando fazemos um balanço dos fatos, vemos que ao invés de estarmos sendo edificados, estamos nos tornando pessoas piores. Tratam-se de situações que nos tornam pessoas amargas, azedas, inseguras, desconfiadas, murmuradoras, vingativas, odiosas e tristes, contrariamente ao que Jesus Cristo nos ensinou. Isso tudo se reflete no trato com as pessoas. Como estou tratando os outros? A liberdade que considero que Cristo me concedeu respeita as outras pessoas? Há o amor ao próximo? Jesus disse: que conheceríamos a árvore pelos seus frutos, por isso acredito que isso possa ser levado também para as situações, algumas as quais explico. Jesus disse: 
"E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
(Mateus 22:39, 19:19; Mc 12:31; Gl 5:14;Tg 2:8; Lc10:27; Rm 13:9 e muitos outros). 
Como poderei amar os outros como a mim mesmo, se a situação em que estou, por falta de decisão, me torna uma pessoa pior, que não ama a si própria e muito menos os outros. Me autoflagelo pensando que agrado a Deus (só isso já daria um artigo inteiro). Muitos cristãos, em atitudes piores do que faziam os fariseus, numa religiosidade tremenda, numa "crentice" condenável, ficam esperando, indefinidamente, que Deus desça do céu para lhes dizer o que fazerem, para se posicionarem nas suas vidas. Tanto em decisões pessoais, espirituais, ministeriais, etc. Veja neste link o artigo sobre o tempo de Deus.

Essas pessoas deixam a vida lhes levar, justificando que temos que respeitar e esperar o tempo de Deus. Permitem a maldição sobre suas vidas dizendo que é a vontade de Deus. Não percebem que se houve intimidade com Deus, oração e o espírito não está entristecido, devemos nos posicionar nas boas decisões que temos que tomar. Se for de Deus vai prosperar se não for não irá nem começar. O Espírito de Deus é quem nos ajuda nisso, pois somos de Jesus.

Cristãos que assumem essas atitudes, impedem as bençãos de Deus. Pensam estar fazendo a vontade de Deus, mas não percebem os verdadeiros frutos da sua indecisão. Frutos bons, árvore boa. Um posicionamento e uma decisão acertada, em Deus, é benção para quem a toma e para todos ao seu redor. Esses cristãos sem posicionamento, simplesmente, pegam algum testemunho específico e o tomam por base, literalmente, para "ficar esperando em Deus", sem considerar que Deus age personalizadamente, ou seja trata cada caso diferentemente. Nesses testemunhos temos que somente reconhecer o mover de Deus. Há de nos perguntarmos: Será que o que estamos vivendo edifica, realmente, a nossa vida e o corpo de Cristo? ou trata-se somente, como exemplo, um sofrimento sem sentido, ao passo que se nós saíssemos dessa situação poderia servir melhor ao Senhor? Estamos frutificando? Quais os frutos (perseverança, bondade, alegria ou desejos de violência, ódio, mentira ou um "mix" disso tudo)? Verdade mais verdade é igual a verdade, verdade mais mentira é igual a mentira. Todos sabem disso. O nosso exemplo edificou alguém e deu certo, ou só trouxe problemas? Será que permanecendo nessa situação não somos simplesmente pessoas enganadas pelo mal para não frutificar? Será que não teremos esse discernimento? Deus não nos dá esse discernimento?

Para reforçar esse pensamento, sabemos que Deus pode falar conosco através de algumas formas, como por exemplo através de outros cristãos, através de sinais e maravilhas, através da sua palavra e sempre pelo seu Espírito Santo. No entanto, somos muitas vezes orgulhosos e arrogantes demais, para aceitar que outra pessoa recebeu uma palavra de Deus, para nos dar. Dizemos: "Deus é o suficiente para falar direto comigo, sem intermediários, nem adianta vir.".  Isso é orgulho e arrogância, mesmo que pensemos que estamos nos protegendo de falsas "profecias", as famosas "profetadas". Nos fechamos para o que Deus tem a nos dizer, pois queremos que seja do "nosso jeito" e não do jeito que Deus quer se manifestar. Dessa forma Deus fala, mas não ouvimos.

Temos que estar muito atentos, pois a linha entre o certo e o errado é tênue. O mal normalmente se disfarça de bem, não aparece com sua cara feia. Algumas vezes até aparece, na forma de sofrimento, miséria, maldições, maldades, mas as pessoas acham que é provação, se lembram de Jó, e são enganados pois não estão sincronizados adequadamente com Deus, senão perceberiam a diferença. Isso também acontece, porque estamos muito envolvidos com aquela situação específica e então não vemos a verdade. 

Nossa falta de posicionamento nos faz permanecer em situações erradas, juntos com os iníquos, na iniquidade, na mentira e no engano. No entanto, a bíblia nos fala que devemos nos apartar de toda a iniquidade e de quem a pratica. Não adianta dizer que temos que estar no meio dos perdidos para ajudá-los a se salvar. Salvar é uma coisa, participar dos acontecimentos e da vida dos iníquos é outra coisa. Ficamos tão envolvidos que nos tornamos iguais à eles. Seria algo como: querendo salvar alguém ligado a drogas, prostituição, por exemplo, nós participássemos de tudo o que eles fazem e pensam transformando-nos iguais à eles. Assim, nos perdendo para salvar alguém. Será egoísmo nós não fazermos isso? Será que devemos nos doar a ponto de nos perder? Não creio nisso. O que digo não tem nada a ver com o dar a vida pelo irmão, que é correto e bíblico.  Jesus Cristo disse:
"E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade." (Mateus 7:23). 
Jesus Cristo deu o exemplo ao falar essas coisas. Se ele que é Deus, quer que os iníquos se afastem d'Ele, se apartem d'Ele, é obvio que temos que fazer o mesmo. É algo que embasa muito os escritos acima. Não podemos, jamais, compactuar com o mal, pois nos tornaremos iguais aos que o praticam, semelhantemente àqueles que adoram ídolos. Temos que nos apartar de toda a iniquidade e da roda dos escarnecedores (salmos 1:1), que mesmo sabendo da verdade praticam o mal, zombando de Deus, do bem e dos que o praticam.

É bom lembrar que é muito comum ver as pessoas observar (cumprir) o que diz um trecho bíblico, como a vontade de Deus. Tudo com o objetivo de manter uma situação como está, ou seja a nossa falta de posicionamento. No mesmo instante ignoram outro trecho que diz o contrário do que estão fazendo. Será que a palavra de Deus se contradiz? Claro que não. Ele é inerrante! O que existe são interpretações erradas. Não consideram vários fatores, como por exemplo, para quem, em que contexto, em que tempo, como viviam as pessoas alvo dessas palavras, e muitas outras coisas. Muitas vezes estão mais preocupadas com o que as pessoas dirão, o julgamento do homem. Entendido isso, nesse momento nos vem uma pergunta: Será que essa nossa falta de posição já é um posicionamento? Isso me lembra de uma fala de Jesus que responde a essa pergunta:
"Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha". (Mateus 12:30)
Aqui, Jesus Cristo falava, que quem fica em "cima do muro" já se decidiu. É contra Ele. A resposta para a pergunta do parágrafo acima é Sim! É um posicionamento. Quando não nos posicionamos deixamos de receber as bençãos de Deus. Não prestamos um serviço adequado, a nós, aos outros, a Igreja e à Deus. Permanecemos nas coisas velhas que já se tornaram obsoletas e não mais frutificam, se é que frutificaram um dia. Confundem com perseverança e ignoram o verdadeiro plano de Deus. As coisas novas dão mais trabalho. É necessário mais esforço para o novo, as mudanças incomodam, mas são ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS. Entreguemos, verdadeiramente, nossos caminhos e vidas à Deus e não ao diabo, com seus disfarces, maldades, maldições e sofismas, que visam minar/minguar os justos.

Fiquemos todos, na Paz que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré, Yeshua Hamashia.

domingo, 20 de abril de 2014

Dízimo, alguns segredos agora revelados.

Queridos leitores,

Atualmente as congregações, não digo Igreja de Jesus Cristo, pois muitas não são, cobram os dízimos de seus fiéis baseadas principalmente no trecho bíblico de Malaquias 3:8-12. Justificam ainda essa cobrança dizendo que somos mordomos, despenseiros do Senhor, que não somos donos de coisa alguma, que o Senhor é o dono de tudo. Que o Senhor é justo, nos deixando ficar com 90% e requerendo somente os 10% dos nossos salários, os ganhos dos fiéis. É verdade! Temos que saber que a palavra de Deus é verdadeira, tudo é realmente d'Ele, não somos donos de nada, somos somente despenseiros do Senhor, mas... continuando... há congregações em que as pessoas devem obrigatoriamente se identificar nos envelopes do dízimo, outras colocam barreiras, sutilmente, para aqueles que não dizimam, constrangendo assim os fiéis. São congregações que fazem os crentes pecar, incutindo nas suas mentes a "obrigação" de dizimar, pois dizem: roubareis o Senhor teu Deus? Afirmam: Sim roubam nos dízimos e nas ofertas. Declaram ainda que se os fiéis derem o dízimo, o Senhor os protegerá contra a ação do devorador, que dizem que é o diabo. Desafiam o crente para provar a Deus, pois se dizimarem o Senhor derramará suas benção sem fim sobre esses fiéis. Dizem que é somente nisso que podemos provar o Senhor, porque está escrito. Pergunto: Justamente no dinheiro? Tudo baseado no texto de Malaquias capítulo três. Será que esse texto é para nós, nosso tempo, será que está interpretado corretamente, ou a palavra de Deus está incorreta? Veremos.

O problema não está na inerrante e sagrada Palavra do Senhor, mas sim em quem a interpreta e a proclama. Interpretam tendenciosamente e proclamam mentiras, falsas doutrinas, iguais ou muito semelhante a teologia da prosperidade, entre outras, que destrói e denigre a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Muitas pessoas ditas "perdidas" no mundo, dizem, sem reservas, que todo o pastor é ladrão. Quem já não ouviu isso? Obvio que não é verdade. Isso dificulta a salvação das pessoas, pois muitos pastores falam mais de dinheiro do que aqueles que se acham "perdidos", aliás, muitos perdidos estão mais salvos que do muitos pastores, que perderam a sua "coroa", nas supostas Igrejas de Jesus Cristo. É controverso? Claro que é! Mas a cobrança de dízimo não é controversa. A verdade é clara. O dízimo como é "exigido" nas congregações é uma mentira do diabo. Deus, o dono de todo o ouro, de toda a prata, enfim de toda a riqueza, pois é o criador de tudo, não precisa do nosso dinheiro. Quem precisa é o homem, com suas instituições assemelhadas a empresas com inclusive, CNPJ. Congregações que dão um péssimo exemplo aos "perdidos" através das suas divisões, dissenções e facções, espalhadas pelo mundo afora, na forma de diversas denominações. Experimente juntá-las para ver as discordâncias doutrinárias, que levam a divisão.

Escondem a verdade dos crentes para continuar recebendo deus dízimos, baseados na mentira, somente para que suas congregações e suas obras sobrevivam. Será que fins justificarão os meios? Isso não existe no vocabulário cristão! Será mesmo que essa é a vontade de Deus? Obras feitas a qualquer custo. Aquela frase, que bem conhecemos, de que Deus usa ferramentas santas para seus propósitos santos não vale nada? Onde está a confiança de que Deus proverá, e que temos que confiar nossas vidas totalmente à Ele, que tanto pregam?  Não vivem isso, pois dependem de uma mentira para conseguirem seus recursos. Abaixo apresento as razões pelas quais os dízimos não são devidos. Com isso não estou promovendo o fechamento das igrejas por falta de sustento, mas sim promovendo a verdade que agrada a Deus. A verdadeira Igreja de Jesus Cristo não fechará. Se é de Deus prosperará. Deus quer o nosso coração bom, generoso, desapegado das coisas materiais. Precisamos congregar e ofertar. O Espírito Santo de Deus é o suficiente para tocar o coração daquele que precisa ofertar. Deus nos sustenta, pois tudo é verdadeiramente d'Ele. Muitas vezes não conseguimos imaginar até onde o homem chega, para conseguir o dinheiro e o poder por ele gerado. Vivamos então na verdade, na justiça, como o Senhor Jesus Cristo, nosso único mestre, nos orientou. Temos que ficar atentos as mentiras dos homens, que visam os seus próprios interesses e fazer com que muitos se percam. Quem torna o dinheiro seu ídolo, seu Deus, é do mundo, mas nós não pertencemos a este mundo, assim como Jesus Cristo não pertence ou pertenceu, por isso os homens não o reconheceram, como o Messias, O Filho de Deus. Concordo com muitas coisas que o teólogo Paulo Gomes do Nascimento, escreveu sobre esse assunto em alguns sites da internet. Há muitos mais detalhes e razões contra o dízimo, mas seguem as principais. Prestemos atenção, abramos nossos olhos e façamos o que é certo: 

1. Ao ler os três primeiros capítulos de Malaquias podemos ver que o contexto inteiro está baseado na lei cerimonial.

2. O dízimo se enquadra somente na lei cerimonial. Lei que prescreveu na cruz. Não tem mais nenhuma validade para todos nós que vivemos na Nova aliança. A lei cerimonial é para os judeus do velho testamento. Dízimo é lei cerimonial, tema da Velha Aliança. Depois da ressurreição de Jesus, não há nenhum texto bíblico que instrua o povo de Deus a pagar dízimos. O texto de Malaquias não se aplica a nós, pois estava num contexto da lei cerimonial, que já tornou-se obsoleta.

3. O texto de Malaquias 3:8-12 é pregado nas congregações, sob a luz de duas interpretações simultâneas, literal e contextualizado. Assim surtindo o efeito desejado para justificar a atual cobrança do dízimo.

4. O texto de Malaquias 3:8 diz respeito a sacerdotes desonestos que roubavam a casa do tesouro, tirando recursos das viúvas e órfãos, que necessitavam. O Senhor, no capítulo anterior, havia desaprovado os sacerdotes, que ofereciam holocaustos defeituosos. Não honravam o Senhor. Faziam pouco do Senhor e do seu "altar". Os sacerdotes, diziam que os que praticavam o mal "caminhavam" bem, enquanto eles estavam debaixo de maldição e iam de mal a pior. O Senhor rejeitou seus sacrifícios, suas ofertas e seu falso jejum. Naquele momento o povo deixava de entregar seus dízimos e ofertas, o que era contra o Senhor. Dessa forma os sacerdotes tinham que ir ao campo trabalhar, por falta de sustento. O devorador citado em Malaquias 3:11 tratava-se de gafanhotos que destruíam as plantações, já que quem pagava os dízimos eram os judeus que trabalhavam na terra e com gado. Vejam a seguir o que escondem dos crentes;

5. O dízimo, que é lei cerimonial, era dado exclusivamente em produtos agrícolas e gado. Nunca em dinheiro. Não adianta dizer que hoje as coisas mudaram, que as pessoas moram nas cidades e devem dar seu dízimo em dinheiro. Onde isso está escrito na bíblia? 

6. O dízimo foi instituído exclusivamente para os judeus, aqueles que trabalhavam na terra e/ou criavam gado. Outras atividades como por exemplo: pedreiros, mestres-de-obra, ourives, caçador, artesãos, guardas, pescadores e muitos outros, NÃO PAGAVAM DÍZIMO (Porque as congregações não dizem isso aos seus fiéis?). Seria algo, nos dias atuais, como se só os fazendeiros pagassem o dízimo. 

7. O dízimo era entregue num único lugar, no templo, na casa do tesouro, no templo em Jerusalém, que não mais existe. Deveria ser SOMENTE lá e em NENHUM outro lugar, mesmo que alguém possa considerar, atualmente, a Igreja (prédio) como o templo e a tesouraria a casa do tesouro, adequados para a entrega do dízimo. Não é!

8. Era destinado aos sacerdotes, Arão e seus descendentes (Kohen, Levi ou Levis) que não tinham ganhos, parte da herança, ou seja sem propriedades e bens, já que viviam suas vidas exclusivamente para Deus.

9. No primeiro concílio da Igreja (Concílio de Jerusalém), primeira reunião dos apóstolos para decisão das coisas que os crentes gentios deveriam fazer, somente deveria ser observado, o que consta na carta apostólica desse evento, quais sejam: 
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas...” (Atos 15:29)
10. O dízimo de Abraão a Melquisedeque, aconteceu antes da lei e foi ÚNICO. Tratava-se de despojos de guerra, que haviam sido roubados pelo reis derrotados por Abraão. Abraão não ficou com nada dos despojos. Deu 10%, mas não ficou com 90%. Não houve acréscimo no seu patrimônio e nem nos seus ganhos. Abraão era gentio, veio de Hur dos caldeus, com costumes herdados de civilizações pagãs, que também faziam oferendas aos seus deuses. Melquisedeque era um sacerdote-rei (sem genealogia, sem início ou fim de dias) cultuado pelos fenícios e cananeus, mas que representava o Senhor Jesus Cristo. Melquisedeque era dos Jebuseus. Melquisedeque, pão e vinho, a benção e o dízimo de Abraão, tratavam-se de um simbolismo para a vinda do Messias, mensagem à Israel. O dízimo de Abraão não serve como base para a atual cobrança do dízimo, por esses motivos e mais ainda pelos que seguem;

11. Como explicar o voto de dízimo de Jacó (Gn 28:20-22), que primeiro colocou condições para Deus cumprir, “Se”s, para que ele dizimasse. Como explicar que Jacó primeiro pediu as bençãos, para depois dizimar, contrariamente ao que pregam nas congregações?

12. Abraão e Jacó, por exemplo, NÃO eram dizimistas frequentes, pois eram peregrinos (onde iriam entregar os dízimos e a quem, se só poderiam entregar no templo? veja abaixo).

13. O dízimo, como é cobrado hoje, é superstição. A SUPERSTIÇÃO é a contrária a GRAÇA. A superstição manda cumprir exigências a fim de se livrar das conseqüências. A graça já nos fez conseqüências. Somos a conseqüência do amor de Deus. Ele tomou a iniciativa e cravou a lei cerimonial na cruz declarando que somos livres!

Outros Pontos importantes:

1. Somos TODOS SACERDOTES e proclamadores das Boas Novas, do evangelho de Jesus Cristo de Nazaré, assim deveríamos também receber dízimos, se nos dispuséssemos a pregar o evangelho exclusivamente, sem trabalho secular. A palavra de Deus não pode ser cobrada.

2. O dízimo é  pedra de tropeço para os cristãos (dar x receber, missão cumprida), ou seja, dá-se esperando receber e/ou dá-se considerando que já cumpriu sua missão e não precisa fazer mais nada (não ajudar mais ninguém, não dar um prato de comida a quem necessita, nem ser bom e nem viver uma vida santa).

3. É determinado, pregado, através de "ameaças" por supostas ações do devorador, por pressão e não por amor ou agradecimento como dizem que devem ser.

4. Confusão dos crentes, do dízimo, que não mais existe, com a Doutrina da prosperidade. A teologia da prosperidade pode ser facilmente desmascarada olhando-se para a vida do Apóstolo Paulo, que viveu sua vida sempre no “final do cortejo”, abrindo mão de qualquer destaque que poderia ter, sendo humilhado, execrado, como um “espetáculo” para o mundo, muitas vezes sem ter o que  comer, beber e vestir. No entanto Deus sempre lhe proveu sustento e ele soube viver no muito e no pouco, mas sempre alegre e agradecido, em Cristo Jesus.

5. Aqueles que ensinam falsos ensinamentos/doutrinas, não são pessoas enganadas, mas sim inimigos de Deus, conforme está escrito na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, pois sabem da verdade.

6. Para encerrar, a lei mosaica tornou-se obsoleta com a Nova aliança, vivemos numa nova dispensação.

Finalizo esse artigo dizendo: temos que vigiar para não perder nossa coroa, conforme consta em Apocalipse. Temos que ofertar, sem dúvida. Temos que ajudar a congregação que nos acolhe. Temos que ser generosos com todos, ajudar a quem precisa, não através de outros, de instituições, mas através de nós mesmos. Através dos nossos recursos financeiros e do nosso tempo de vida, destinando nossos serviços para a salvação das ovelhas perdidas por esse mundo afora, a começar pela nossa casa e por nossos vizinhos. Jesus deu-nos essa incumbência. Os trechos bíblicos abaixo selecionados, nos dão muita luz sobre a velha lei  e o dízimo:
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que TUDO SE FEZ NOVO.” (destaque meu) (2 Coríntios 5:17) 
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mateus 23:15)
Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23:33)
O novo convertido, ao conhecer Jesus Cristo, numa pureza de amor, num primeiro amor (Jesus ocupando o primeiro lugar na sua vida), recebe ensinamentos das congregações, que vão incutindo em suas mentes, falsas doutrinas, que nada mais são do que mentiras, falsos entendimentos ou seja, entendimentos tendenciosos, de má fé. Jesus, ao dizer estas coisas, demonstra seu amor e a sua preocupação para a salvação daqueles fariseus. 

Esqueçamos tudo o que nos ensinaram a respeito de dízimo. Vivamos na liberdade que o Senhor Jesus Cristo nos concedeu, com um coração bom, generoso, agradecido à Deus, pois sabemos que tudo é d'Ele. Assim poderemos ofertar com verdadeira alegria, por fazer o bem, ajudando a patrocinar aquilo que o Espírito Santo de Deus nos tocar no coração, não no que dizem os homens com suas pressões e seus interesses próprios.
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;” (2 Coríntios 9:6-8)

Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Um espírito sabotador muito estranho

Muitas vezes nos deparamos com os nossos próprios atos, que cometemos quase inconscientemente. Quando alguém nos faz algo que pensamos ser injusto para conosco, já nos imaginamos defendendo essa causa diante de um juiz, ou de alguém que nos ouça a quem possamos explicar o mal que nos fizeram, a injustiça a que fomos submetidos, como fomos prejudicamos e o quanto somos coitados.

Esperamos assim, que essa pessoa fique do nosso lado, nos dê razão e sentencie o desafeto a alguma punição, mesmo que seja somente o prejuízo da sua imagem. Procuramos um ombro para chorar as nossas mágoas e esperamos que essa pessoa se compadeça da nossa situação e chore conosco lágrimas abundantes. Não acontece assim? A bíblia nos diz em Romanos 12:15: "Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;", mas não nos diz para sermos concordantes com o espírito de vitimização nos outros e em nós mesmos. Este é um fato revelador, o dano que causa o espírito de vitimização e o tanto que ele nos impede de recebermos as abundantes bençãos de Deus.

Esse espírito de vitimização transforma-nos em coitados. Essas coisas não devem existir nas nossas vidas. É chocante quando ficamos contentes quando alguém nos entende e se coloca a favor da nossa causa dizendo: coitado, você tem razão, que situação! Sabe o que significa coitado? trata-se de alguém que sofreu coita, ou seja, uma desgraça, dor, pena ou aflição, desgraçado, pobre, mísero, infeliz, traído, embora em alguns dicionários, erroneamente, tratam a palavra significando o ato de coito, alguém que sofreu um ato ou até uma violação sexual.  Alguém que sofreu essas últimas coisas, certamente também foi chamado de coitado(a), num uso geral da palavra. Como podemos ver, trata-se de uma palavra pejorativa que não deveríamos permitir que nos fosse proferida, pois realça a desgraça, quando, na verdade, precisamos de solução e renovo.

Aquele que se deixa "levar" pelo espírito de vitimização, que gosta de "se fazer de coitado", de se "manter um coitado", de se fazer de "vítima", de injustiçado, ao contrário do que pensa, está no caminho da destruição, por diversos motivos. Entre eles destaco alguns, que me vem agora a mente:

Estaremos vulneráveis ao ataque do mal e de inimigos disfarçados; alguns terão compaixão genuína de nós, mas outros no fundo estarão satisfeitos com o nosso, digamos, "infortúnio";  perderemos um tempo importante nos achando vítimas, enquanto deveríamos estar trabalhando na superação e oferecendo o perdão; mas o mais importante, ao aceitar esse espírito de vitimização, estaremos bloqueando as bençãos de Deus, quer saber porque? Todos sabemos que quase na totalidade, há primeiro uma desconstrução do que estava mal construído,  do que parecia estar certo mas estava errado, para o recomeço, para a restauração, para a construção correta, do que antes era problemático e fracassou. Quantos "fundos do poço" já ouvimos falar antes de uma vida abundante?  Deus permite que haja essa desconstrução para que uma nova construção, com alicerces firmes possa ser erigida. No entanto se assumirmos o espirito de vitimização e não superarmos as tribulações, ao ficarmos chorando as mágoas pelos cantos, como receberemos as bençãos, as novidades que Deus já nos deu se não tomamos posse? 

Temos que confiar em Deus, que ele tem o melhor para nós e que Ele está no controle de todas as coisas.  Pense nisso! Lembre-se de Jó, leia ou releia o livro mais antigo da bíblia, que se tem notícias, e veja um dos maiores exemplo de superação e restauração da história.

Um outro ponto que carece de exposição, é que sempre "puxamos brasa para o nosso assado", ou seja defendemos a nossa causa com interesse. É necessário que pensemos também, que podemos estar errados. Será que foi somente a outra pessoa que errou? Será que nós não participamos com algo para a situação que se criou? Somos tão perfeitos assim? Claro que não! 

Escrevo à vocês sobre essas coisas porque já passei por isso. Aprendi, que temos que superar as situações ruins, perdoar e tirar da "cabeça" (mente) aquela voz que tenta explicar, debater, o porque fomos injustiçados, defendendo a nossa causa, como um advogado faria diante de um juiz, que incrimina aquele que nos "ofendeu". Quando temos a oportunidade de alguém nos ouvir, cai um rio de lamúrias que visam obter apoio para a nossa causa e receber o rótulo de "coitado", como se fosse algo bom. Temos que parar com isso. 

Não precisamos de um advogado que não seja o Espírito Santo de Deus. Ele não nos pede explicação, pois conhece o nosso coração, conhece nossas causas. Nos conhece intimamente e não há o que possamos esconder d'Ele. Temos que ser o suficientemente conscientes para saber que precisamos perdoar, seguir em frente, superar, reconstruir, confiar em Deus e na sua fidelidade, nos apropriar das bençãos que Ele já nos deu. Lembre-se, num sentido figurado, que o passado e o futuro nada constroem, quem pode fazer isso é somente o presente. Faça hoje, não permita que o espírito de vitimização, espírito de coitado(a), tome conta da sua vida. Confie em Deus e siga em frente.

A respeito da nossa justiça e das coisas daqui desta terra, a bíblia nos diz algo muito importante:
"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam." (Isaías 64:6)

Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.