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terça-feira, 23 de julho de 2019

O egocentrismo

Caros leitores.

Não há dúvida que vivemos num tempo de um egocentrismo extremo e absurdo. Talvez sejam, realmente, os últimos dias dos quais falam as escrituras, a bíblia, tempos de egoísmo e desamor. O altruísmo e a empatia passam bem longe das atitudes humanas hodiernas. As pessoas vivem suas vidas pensando enganosamente de que não precisam de ninguém, que são completamente independentes, que é cada um por si, porque em Deus, cada vez menos pessoas acreditam. Estes sujeitos acham-se o centro do universo, o sol do sistema planetário. Tudo gira ao seu redor, tudo é para ele. A melhor vaga do estacionamento é para ele; o melhor atendimento; exige todos os seus direitos, mas os dos outros ele mesmo passa por cima; tem fobia de gente; se alguém, no trânsito, lhe buzinar, fica irado; ainda no trânsito, se alguém não lhe der a preferência ou lhe corta a frente, profere palavrões e xingamentos impublicáveis; é ríspido; desrespeita o próximo porque se julga melhor e acima de todos. Temos visto muitos sujeitos assim. Nos poderes governamentais constituídos, especialmente no judiciário, na suprema corte brasileira, muito mais do que pessoas assim, temos visto pessoas que pensam ser deuses. Pessoas que se acham intocáveis, incriticáveis, acima da lei, que mesmo fora das suas atribuições criam leis, porque pensam que podem todas as coisas. Mas também há pessoas assim, espalhadas por toda a sociedade, aliás parece que esta multidão só aumenta! 

Podemos constatar que são pessoas, além de egocêntricas, arrogantes e orgulhosas, pois estas coisas estão entre si relacionadas. Não lhes caiu a ficha de que nada mais são do que pó e que ao pó retornarão. Não tem discernimento que seus banquetes são pó, que milagrosamente Deus transforma em alimento! Que suas vidas são uma brisa que logo passa! Não reconhecem sua pequenez e sua incapacidade sequer de saber quando partirão desta "para melhor". Sua impáfia não lhes permite enxergar a realidade. Vivem num mundo ilusório e falso criado por suas mentes egoístas, onde são reis. Estas pessoas não entendem que basta, por exemplo, seu coração parar, num instante, para que eles comecem a cair no esquecimento, porque o mundo não pára! A mansidão e a humildade foram coisas ensinadas e recomendadas por Jesus Cristo, o homem mais sábio que já existiu! Como podem então existir pessoas que se acham melhores do que os outros, mais sábios, merecedores exclusivos de toda a graça, de toda prosperidade, de todo amor e de toda a atenção e interesse, em detrimento de todos os demais? Como podem pensar que seus problemas são mais importantes do que os dos outros? Será que pensam que numa terra devastada, sendo os únicos sobreviventes poderiam viver felizes com todos os recursos somente para si próprios, sem ninguém para perturbar? Certamente seriam sérios candidatos ao suicídio. 

Estas pessoas vivem quase que invariavelmente um sentimento de vitimização. Acham-se vítimas dos problemas que eles mesmos criaram, frutos de suas próprias decisões, de suas próprias escolhas de vida. Culpam os outros pelas suas adversidades, nunca reconhecem seus próprios erros. Buscam quem os acolha, um ombro para chorar. Quando são advertidos, admoestados, atacam. Dizem que não pediram conselho. Que não estão preparados. Nunca estão! Estas pessoas acham-se tão especiais, mas na verdade não passam de ingênuos e/ou tolos, merecedores da misericórdia de Deus. Nos ambientes cristãos vemos muitas pessoas assim, de maneira disfarçada. São pessoas que se acham especiais, os eleitos de Deus, merecedores de toda a prosperidade, de toda a graça de Deus. Dizem que os que estão no mundo estão perdidos e que o fogo do inferno os espera, mas que eles estão salvos. Pensam assim e dizem estas coisas porque oram, vão aos cultos ou missas aos domingos, jejuam, dão dízimo e dão até as primícias nas supostas casas do tesouro, nos templos denominacionais os quais frequentam. Leiam a parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:10-14). No entanto ao ver suas vidas, constata-se que aqueles que dizem que estão no mundo, possuem corações mais puros e aceitáveis à Deus do que os deles. Na verdade estes sujeitos arrogantes, parecem túmulos caiados, que por fora tem boa aparência, mas no seu interior há muita podridão e imundícia. Muitos dirão: "É por isto que temos a Graça do Senhor. É por isto que Jesus Cristo morreu. Ele se sacrificou por nós que nele cremos. Morreu por nós, pelos nossos pecados.". Sim, estas coisas são verdadeiras. Mas Jesus Cristo também falou, aquele que não guarda sua palavra não o ama (João 14:21-24). Da mesma forma quem não ama Jesus Cristo, quem não ama à Deus, não ama ao próximo. Aí está a explicação para o grande desamor destes últimos tempos. Esta é a chave! As pessoas se esqueceram de Deus. Deus transformou-se somente numa expressão; "Meu Deus!". Deus é o autor supremo da vida e do amor. Se a pessoa não acreditar em Deus e não o amar, como poderá amar ao seu próximo, se o amor verdadeiro vem somente de Deus? O amor ao próximo é a chave do altruísmo, do bem, da humildade, da verdade. O amar ao próximo é oferecer amizade incondicionalmente, sem interesses, ajudar no que for preciso, importar-se com as pessoas, ouvi-las com atenção, saber de seus problemas, aconselhá-las (só os sábios sabem receber conselhos), dar um abraço fraterno e acima de tudo orar por elas para que vão bem! 

Jesus Cristo de Nazaré, Yahushuah Hamashiah, 100% homem, 100% Deus, disse que seu jugo é suave e seu fardo é leve. Tornou a lei, que nos amaldiçoava, nos condenava, obsoleta e nos deu a chave da salvação que são os dois grandes mandamentos dos quais dependem toda a Lei e os profetas: "E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas." (Mateus 22:37-40). O amor é a chave! Quem ama não faz mal. Quem ama é empático. Quem ama ao próximo não rouba, não mente, não engana, não mata. Quem ama quer o bem do seu próximo e não o mal. É o querer bem, desejar e fazer o bem! O apóstolo Paulo fala lindamente do amor em 1 Coríntios 13. Se não conhece, não deixe de ler. Se conhece, leia novamente, pois para cada etapa de nossas vidas a palavra de Deus age milagrosamente, trazendo sabedoria e discernimento.

Então, para fechar estes escritos, digo-lhes que é necessário que mudemos nossas atitudes para que sejamos como uma criança, simples, puros e humilde de coração. Só assim veremos e entraremos no Reino de Deus. Precisamos agir enquanto ainda há luz em nós, porque como já visto, nossa vida é uma brisa que logo passa. lembre-se, Deus é Deus dos vivos e não dos mortos (Mateus 22:32). O que tem que ser feito, tem que ser feito aqui e agora! Livremo-nos da escuridão do egocentrismo que nos afasta de Deus!

"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;(Mateus 5:8)


Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré, Yahushuah Hamashiah

Temos muito mais dos nossos pais em nós, do que poderíamos supor.

Queridos leitores.

Achamos que somos criaturas independentes, novas, desvinculadas de qualquer pessoa, de qualquer situação, que temos o nosso "jeito" que é nosso, único e personalizado. Será mesmo? Como cristãos sabemos que somos novas criaturas, renascidos em Cristo Jesus, não conformados com a "mente do mundo", mas renovados e transformados à mente de Cristo. Então somos realmente novas pessoas, novas criaturas? Infelizmente, constatamos que a coisa não é bem assim. A criatura de carne e ossos certamente não é a mesma criatura renascida espiritualmente. A carne milita contra o espírito e vice-versa. Como, certamente, tudo começa no mundo espiritual, muitas mudanças podem acontecer com a pessoa pelo renascimento espiritual, sem dúvida. Mudanças positivas. Podem acontecer mudanças no pensar, no agir, o que certamente afetarão as nossas vidas, diariamente. Conhecem-nos aqueles que com nós convivem. Estas pessoas podem ver em nós muitas coisas de nossos pais que, muitas vezes, não reconhecemos ou queremos admitir, por uma série de razões. Pode ser que sorrimos ou caminhemos como nosso pai, ou que choramos como nossa mãe, ou que temos outros comportamentos semelhantes aos dos nossos pais, em algumas situações. Pode até ser uma enfermidade que vem de família, algo genético, etc. Será que herdamos estas atitudes através da genética, do DNA, como as enfermidades supostamente são? Ou será que simplesmente imitamos nossos pais? Um estudo científico realizado na Universidade de Basel, na Suíça, chegou a conclusão que todos nós somos oriundos de um único casal. Como o estudo é baseado na Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin, embora tenham constatado que viemos de um só casal, não reconhecem que tenhamos vindo de Adão e Eva, como a bíblia afirma, pois se assim fizessem, estariam confirmando o criacionismo. Que cada um tire suas conclusões, mas penso que esperavam um outro resultado que corroborasse a teoria de Charles Darwin. Em tempo é necessário dizer que a Teoria da evolução das espécies de Darwin trata-se de teoria e não de lei. Ela em algum tempo pode ser refutada, mediante novos testes, novas constatações, etc. No caso do homem ser a evolução dos macacos, em que parte de sua história, da sua evolução, ou seja, quando o homem adquiriu sua inteligência, sua razão e sua alma que o diferencia dos demais animais? Charles Darwin conseguiu responder isto? O elo perdido continua perdido e a teoria da evolução das espécies, da seleção natural, é aceita quase como lei e é ensinada à todos como uma verdade incontestável, o que não é verdade! Desta forma, será que herdamos tudo do primeiro casal de humanos na terra, ou seria então e evolução e posterior miscigenação de raças, de povos diferentes, um método de evolução para a geração de uma população melhor, mais sadia, enfim, mais evoluída? Se esta ideia fosse aceita, ao casarmos para gerar nossos filhos teríamos a maior decepção, pois quem garantiria que estaríamos casando com a pessoa certa, com a genética perfeita ou mais evoluída para a geração de filhos evoluídos, perfeitos? Teríamos um sensor, um instinto que nos daria a direção para a escolha correta? Não seria um "tiro" no escuro? Constata-se que leva-se anos para que se conheça uma pessoa. Há quem diga que nunca conheceremos alguém plenamente, mesmo convivendo uma vida toda. Quando alguém casa não procura um cientista para fazer uma análise do DNA do "proponente", para saber da sua genética, para constatar se há predisposição para alguma doença, para saber se não estará embarcando numa canoa furada, gerando filhos com doenças e atitudes hereditárias não desejadas. Depois que se tem os filhos, é só amor e nada mais importa. Mas, invariavelmente, é sempre um "tiro no escuro", mesmo depois de muitos anos de namoro ou de casamento. Quando olhamos para nossas vidas, para nossas atitudes, vemos atitudes, trejeitos, manias, costumes, que tinham nossos pais. No entanto temos o nosso próprio jeito, atitudes próprias do nosso ser, uma mistura genética e de experiências que recebemos de nossos pais, com as nossas próprias experiências, por exemplo. Cabe-nos selecionar, desta tremenda bagagem, o que é bom, descartando o que não é. Como no caso do perdão, antes de tudo precisamos reconhecer de que temos estas atitudes herdadas, as boas e as ruins. As boas devemos continuar cultivando, mas as más devemos descartar, mudar, buscando a perfeição. Não reconhecer que herdamos certas atitudes de nossos pais, porque não gostamos, implicará na continuidade de ações que podem ser muito prejudiciais, incorretas e desagradáveis àqueles que com nós convivem. Uma coisa é certa, ou pela genética, ou pelo convívio, ou por qualquer mistério ou explicação que seja, temos muito mais de nossos pais do que poderíamos supor, aceitar ou gostar! Retenhamos o que é bom!

Fiquemos todas na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré, Yahushuah Hamashiah.