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domingo, 20 de abril de 2014

Dízimo, alguns segredos agora revelados.

Queridos leitores,

Atualmente as congregações, não digo Igreja de Jesus Cristo, pois muitas não são, cobram os dízimos de seus fiéis baseadas principalmente no trecho bíblico de Malaquias 3:8-12. Justificam ainda essa cobrança dizendo que somos mordomos, despenseiros do Senhor, que não somos donos de coisa alguma, que o Senhor é o dono de tudo. Que o Senhor é justo, nos deixando ficar com 90% e requerendo somente os 10% dos nossos salários, os ganhos dos fiéis. É verdade! Temos que saber que a palavra de Deus é verdadeira, tudo é realmente d'Ele, não somos donos de nada, somos somente despenseiros do Senhor, mas... continuando... há congregações em que as pessoas devem obrigatoriamente se identificar nos envelopes do dízimo, outras colocam barreiras, sutilmente, para aqueles que não dizimam, constrangendo assim os fiéis. São congregações que fazem os crentes pecar, incutindo nas suas mentes a "obrigação" de dizimar, pois dizem: roubareis o Senhor teu Deus? Afirmam: Sim roubam nos dízimos e nas ofertas. Declaram ainda que se os fiéis derem o dízimo, o Senhor os protegerá contra a ação do devorador, que dizem que é o diabo. Desafiam o crente para provar a Deus, pois se dizimarem o Senhor derramará suas benção sem fim sobre esses fiéis. Dizem que é somente nisso que podemos provar o Senhor, porque está escrito. Pergunto: Justamente no dinheiro? Tudo baseado no texto de Malaquias capítulo três. Será que esse texto é para nós, nosso tempo, será que está interpretado corretamente, ou a palavra de Deus está incorreta? Veremos.

O problema não está na inerrante e sagrada Palavra do Senhor, mas sim em quem a interpreta e a proclama. Interpretam tendenciosamente e proclamam mentiras, falsas doutrinas, iguais ou muito semelhante a teologia da prosperidade, entre outras, que destrói e denigre a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Muitas pessoas ditas "perdidas" no mundo, dizem, sem reservas, que todo o pastor é ladrão. Quem já não ouviu isso? Obvio que não é verdade. Isso dificulta a salvação das pessoas, pois muitos pastores falam mais de dinheiro do que aqueles que se acham "perdidos", aliás, muitos perdidos estão mais salvos que do muitos pastores, que perderam a sua "coroa", nas supostas Igrejas de Jesus Cristo. É controverso? Claro que é! Mas a cobrança de dízimo não é controversa. A verdade é clara. O dízimo como é "exigido" nas congregações é uma mentira do diabo. Deus, o dono de todo o ouro, de toda a prata, enfim de toda a riqueza, pois é o criador de tudo, não precisa do nosso dinheiro. Quem precisa é o homem, com suas instituições assemelhadas a empresas com inclusive, CNPJ. Congregações que dão um péssimo exemplo aos "perdidos" através das suas divisões, dissenções e facções, espalhadas pelo mundo afora, na forma de diversas denominações. Experimente juntá-las para ver as discordâncias doutrinárias, que levam a divisão.

Escondem a verdade dos crentes para continuar recebendo deus dízimos, baseados na mentira, somente para que suas congregações e suas obras sobrevivam. Será que fins justificarão os meios? Isso não existe no vocabulário cristão! Será mesmo que essa é a vontade de Deus? Obras feitas a qualquer custo. Aquela frase, que bem conhecemos, de que Deus usa ferramentas santas para seus propósitos santos não vale nada? Onde está a confiança de que Deus proverá, e que temos que confiar nossas vidas totalmente à Ele, que tanto pregam?  Não vivem isso, pois dependem de uma mentira para conseguirem seus recursos. Abaixo apresento as razões pelas quais os dízimos não são devidos. Com isso não estou promovendo o fechamento das igrejas por falta de sustento, mas sim promovendo a verdade que agrada a Deus. A verdadeira Igreja de Jesus Cristo não fechará. Se é de Deus prosperará. Deus quer o nosso coração bom, generoso, desapegado das coisas materiais. Precisamos congregar e ofertar. O Espírito Santo de Deus é o suficiente para tocar o coração daquele que precisa ofertar. Deus nos sustenta, pois tudo é verdadeiramente d'Ele. Muitas vezes não conseguimos imaginar até onde o homem chega, para conseguir o dinheiro e o poder por ele gerado. Vivamos então na verdade, na justiça, como o Senhor Jesus Cristo, nosso único mestre, nos orientou. Temos que ficar atentos as mentiras dos homens, que visam os seus próprios interesses e fazer com que muitos se percam. Quem torna o dinheiro seu ídolo, seu Deus, é do mundo, mas nós não pertencemos a este mundo, assim como Jesus Cristo não pertence ou pertenceu, por isso os homens não o reconheceram, como o Messias, O Filho de Deus. Concordo com muitas coisas que o teólogo Paulo Gomes do Nascimento, escreveu sobre esse assunto em alguns sites da internet. Há muitos mais detalhes e razões contra o dízimo, mas seguem as principais. Prestemos atenção, abramos nossos olhos e façamos o que é certo: 

1. Ao ler os três primeiros capítulos de Malaquias podemos ver que o contexto inteiro está baseado na lei cerimonial.

2. O dízimo se enquadra somente na lei cerimonial. Lei que prescreveu na cruz. Não tem mais nenhuma validade para todos nós que vivemos na Nova aliança. A lei cerimonial é para os judeus do velho testamento. Dízimo é lei cerimonial, tema da Velha Aliança. Depois da ressurreição de Jesus, não há nenhum texto bíblico que instrua o povo de Deus a pagar dízimos. O texto de Malaquias não se aplica a nós, pois estava num contexto da lei cerimonial, que já tornou-se obsoleta.

3. O texto de Malaquias 3:8-12 é pregado nas congregações, sob a luz de duas interpretações simultâneas, literal e contextualizado. Assim surtindo o efeito desejado para justificar a atual cobrança do dízimo.

4. O texto de Malaquias 3:8 diz respeito a sacerdotes desonestos que roubavam a casa do tesouro, tirando recursos das viúvas e órfãos, que necessitavam. O Senhor, no capítulo anterior, havia desaprovado os sacerdotes, que ofereciam holocaustos defeituosos. Não honravam o Senhor. Faziam pouco do Senhor e do seu "altar". Os sacerdotes, diziam que os que praticavam o mal "caminhavam" bem, enquanto eles estavam debaixo de maldição e iam de mal a pior. O Senhor rejeitou seus sacrifícios, suas ofertas e seu falso jejum. Naquele momento o povo deixava de entregar seus dízimos e ofertas, o que era contra o Senhor. Dessa forma os sacerdotes tinham que ir ao campo trabalhar, por falta de sustento. O devorador citado em Malaquias 3:11 tratava-se de gafanhotos que destruíam as plantações, já que quem pagava os dízimos eram os judeus que trabalhavam na terra e com gado. Vejam a seguir o que escondem dos crentes;

5. O dízimo, que é lei cerimonial, era dado exclusivamente em produtos agrícolas e gado. Nunca em dinheiro. Não adianta dizer que hoje as coisas mudaram, que as pessoas moram nas cidades e devem dar seu dízimo em dinheiro. Onde isso está escrito na bíblia? 

6. O dízimo foi instituído exclusivamente para os judeus, aqueles que trabalhavam na terra e/ou criavam gado. Outras atividades como por exemplo: pedreiros, mestres-de-obra, ourives, caçador, artesãos, guardas, pescadores e muitos outros, NÃO PAGAVAM DÍZIMO (Porque as congregações não dizem isso aos seus fiéis?). Seria algo, nos dias atuais, como se só os fazendeiros pagassem o dízimo. 

7. O dízimo era entregue num único lugar, no templo, na casa do tesouro, no templo em Jerusalém, que não mais existe. Deveria ser SOMENTE lá e em NENHUM outro lugar, mesmo que alguém possa considerar, atualmente, a Igreja (prédio) como o templo e a tesouraria a casa do tesouro, adequados para a entrega do dízimo. Não é!

8. Era destinado aos sacerdotes, Arão e seus descendentes (Kohen, Levi ou Levis) que não tinham ganhos, parte da herança, ou seja sem propriedades e bens, já que viviam suas vidas exclusivamente para Deus.

9. No primeiro concílio da Igreja (Concílio de Jerusalém), primeira reunião dos apóstolos para decisão das coisas que os crentes gentios deveriam fazer, somente deveria ser observado, o que consta na carta apostólica desse evento, quais sejam: 
Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas...” (Atos 15:29)
10. O dízimo de Abraão a Melquisedeque, aconteceu antes da lei e foi ÚNICO. Tratava-se de despojos de guerra, que haviam sido roubados pelo reis derrotados por Abraão. Abraão não ficou com nada dos despojos. Deu 10%, mas não ficou com 90%. Não houve acréscimo no seu patrimônio e nem nos seus ganhos. Abraão era gentio, veio de Hur dos caldeus, com costumes herdados de civilizações pagãs, que também faziam oferendas aos seus deuses. Melquisedeque era um sacerdote-rei (sem genealogia, sem início ou fim de dias) cultuado pelos fenícios e cananeus, mas que representava o Senhor Jesus Cristo. Melquisedeque era dos Jebuseus. Melquisedeque, pão e vinho, a benção e o dízimo de Abraão, tratavam-se de um simbolismo para a vinda do Messias, mensagem à Israel. O dízimo de Abraão não serve como base para a atual cobrança do dízimo, por esses motivos e mais ainda pelos que seguem;

11. Como explicar o voto de dízimo de Jacó (Gn 28:20-22), que primeiro colocou condições para Deus cumprir, “Se”s, para que ele dizimasse. Como explicar que Jacó primeiro pediu as bençãos, para depois dizimar, contrariamente ao que pregam nas congregações?

12. Abraão e Jacó, por exemplo, NÃO eram dizimistas frequentes, pois eram peregrinos (onde iriam entregar os dízimos e a quem, se só poderiam entregar no templo? veja abaixo).

13. O dízimo, como é cobrado hoje, é superstição. A SUPERSTIÇÃO é a contrária a GRAÇA. A superstição manda cumprir exigências a fim de se livrar das conseqüências. A graça já nos fez conseqüências. Somos a conseqüência do amor de Deus. Ele tomou a iniciativa e cravou a lei cerimonial na cruz declarando que somos livres!

Outros Pontos importantes:

1. Somos TODOS SACERDOTES e proclamadores das Boas Novas, do evangelho de Jesus Cristo de Nazaré, assim deveríamos também receber dízimos, se nos dispuséssemos a pregar o evangelho exclusivamente, sem trabalho secular. A palavra de Deus não pode ser cobrada.

2. O dízimo é  pedra de tropeço para os cristãos (dar x receber, missão cumprida), ou seja, dá-se esperando receber e/ou dá-se considerando que já cumpriu sua missão e não precisa fazer mais nada (não ajudar mais ninguém, não dar um prato de comida a quem necessita, nem ser bom e nem viver uma vida santa).

3. É determinado, pregado, através de "ameaças" por supostas ações do devorador, por pressão e não por amor ou agradecimento como dizem que devem ser.

4. Confusão dos crentes, do dízimo, que não mais existe, com a Doutrina da prosperidade. A teologia da prosperidade pode ser facilmente desmascarada olhando-se para a vida do Apóstolo Paulo, que viveu sua vida sempre no “final do cortejo”, abrindo mão de qualquer destaque que poderia ter, sendo humilhado, execrado, como um “espetáculo” para o mundo, muitas vezes sem ter o que  comer, beber e vestir. No entanto Deus sempre lhe proveu sustento e ele soube viver no muito e no pouco, mas sempre alegre e agradecido, em Cristo Jesus.

5. Aqueles que ensinam falsos ensinamentos/doutrinas, não são pessoas enganadas, mas sim inimigos de Deus, conforme está escrito na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas, pois sabem da verdade.

6. Para encerrar, a lei mosaica tornou-se obsoleta com a Nova aliança, vivemos numa nova dispensação.

Finalizo esse artigo dizendo: temos que vigiar para não perder nossa coroa, conforme consta em Apocalipse. Temos que ofertar, sem dúvida. Temos que ajudar a congregação que nos acolhe. Temos que ser generosos com todos, ajudar a quem precisa, não através de outros, de instituições, mas através de nós mesmos. Através dos nossos recursos financeiros e do nosso tempo de vida, destinando nossos serviços para a salvação das ovelhas perdidas por esse mundo afora, a começar pela nossa casa e por nossos vizinhos. Jesus deu-nos essa incumbência. Os trechos bíblicos abaixo selecionados, nos dão muita luz sobre a velha lei  e o dízimo:
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que TUDO SE FEZ NOVO.” (destaque meu) (2 Coríntios 5:17) 
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.” (Mateus 23:15)
Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23:33)
O novo convertido, ao conhecer Jesus Cristo, numa pureza de amor, num primeiro amor (Jesus ocupando o primeiro lugar na sua vida), recebe ensinamentos das congregações, que vão incutindo em suas mentes, falsas doutrinas, que nada mais são do que mentiras, falsos entendimentos ou seja, entendimentos tendenciosos, de má fé. Jesus, ao dizer estas coisas, demonstra seu amor e a sua preocupação para a salvação daqueles fariseus. 

Esqueçamos tudo o que nos ensinaram a respeito de dízimo. Vivamos na liberdade que o Senhor Jesus Cristo nos concedeu, com um coração bom, generoso, agradecido à Deus, pois sabemos que tudo é d'Ele. Assim poderemos ofertar com verdadeira alegria, por fazer o bem, ajudando a patrocinar aquilo que o Espírito Santo de Deus nos tocar no coração, não no que dizem os homens com suas pressões e seus interesses próprios.
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;” (2 Coríntios 9:6-8)

Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.

Um comentário:

Anônimo disse...

pretty nice blog, following :)