Compartilhe

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Os jurássicos sistemas operacionais dos microcomputadores

Queridos leitores,

Escrevo hoje à vocês, sobre software, hardware, monopólios de empresas nessa área e o lucro desmedido em detrimento de todas as coisas. Tudo relacionado ao software básico dos microcomputadores, que é o sistema operacional.

Para informação: Sistema operacional é um conjunto de programas básicos e principais, que possibilitam o funcionamento dos nossos microcomputadores. Também existem em equipamentos semelhantes, portáteis, atualmente. Exemplos disso são o Windows da Microsoft, o Linux (software de código aberto e livre distribuição) de Linus Torvalds, nas suas diversas distribuições, Android do Google entre outros. Esses sistemas operacionais trabalham como base para outros programas aplicativos. São programas que precisam de atualizações períodicas para que bem funcionem. Atualizações que fecham brechas de segurança, que melhoram o desempenho de partes do programa ou do todo. Desde que apareceram, esses sistemas operacionais obrigam as pessoas a adquirirem novas cópias de tempos em tempos, muitas vezes devido a própria impossibilidade de atualizações. Além disso o usuário tem que realizar ativações de software para garantir sua originalidade e por aí vai. É bom lembrar ainda, que para que o microcomputador funcione adequadamente, é necessário instalar ainda, uma penca de programas, para que arquivos de várias extensões "rodem". A perda de tempo, inconvenientes e constrangimentos são grandes. Na verdade o usuário fica escravo do software, por esses motivos. Não somos ingênuos a ponto de não sabermos que nossos microcomputadores não precisam mais depender de sistema operacional, como o Windows, para a sua inicialização. Pagamos um preço bem salgado por esses sistemas operacionais. Temos, atualmente, tecnologia suficiente para que existam máquinas com um sistemas operacionais residentes nas suas memórias, sem mais espera de inicialização, sem mais perda de tempo, prontas para o trabalho, atualizáveis por firmware. As memórias ROM atualmente são rápidas para esse fim, mas se não forem o suficiente, basta um pequeno esforço tecnológico para que isso aconteça. Interesses particulares e negociatas entre os envolvidos, empresas de software e hardware, cerceiam a liberdade e travam o progresso das tecnologias, limitando o seu uso. A possibilidade mais atual, é o funcionamento básico do microcomputador, como um terminal rodando todos os programas on-line, pela internet. O Google já disponibiliza vários aplicativos on- line, sem custo, como alternativa ao Office da Microsoft. Entendo como um ensaio do Google, de substituir os atuais sistemas operacionais dos microcomputadores por sistemas totalmente on-line. Provavelmente o Google cederia gratuitamente o software básico para os “terminais” dos clientes para ter acesso aos demais softwares. Uma coisa é certa: Perdemos muito tempo de nossas vidas, esperando as máquinas inicializarem e reinicializarem pela instalação de qualquer coisa, todos os dias. Houve tempo em que os microcomputadores levavam vários minutos para inicializarem, mas esse tempo tem diminuído pelas novas tecnologias dos softwares e dos equipamentos. Caso o seu computador esteja muito “carregado” de programas a inicialização pode demorar um tempo considerável, mesmo sendo uma máquina rápida. Não vou fazer cálculos aqui, mas caso queira, experimente fazê-los. Multiplique o tempo que você fica esperando a máquina “entrar”, considere os tempos de atualizações, ativações, reparos automáticos do sistema, verificação de vírus e tempo destinado a manutenção pela assistência técnica, e outras perdas de tempo, multiplique pelos dias, pelos meses e veja qual o resultado por ano. É muito tempo perdido. Sabemos que quanto mais o sistema operacional exige de recursos das máquinas, mais os fabricantes vão aumentando o poder de processamento do hardware. O bom disso é que sempre temos máquinas mais potentes, em detrimento dos recursos do planeta e a criação de um vasto parque de máquinas defasado. O interesse de alguns vale tudo isso? Somos, novamente, escravos, meros pagadores, nas mãos de interesses particulares que só visam o enriquecimento às custas e em detrimento dos outros e do planeta. Aproveito para deixar no ar algumas perguntas: Quais os nossos direitos quando compramos um software, sistema operacional? Quem paga o prejuízo quando o software adquirido não corresponde as expectativas, como foi no caso do Windows ME e do Vista? Quais os deveres da Softhouse, como a Microsoft, quanto a isso e quanto ao desenvolvimento periódico de novas versões, em tempos previamente definidos? É necessário comentar, que empresas como a Microsoft, atualmente, lançam suas novas versões do sistema operacional quando bem entendem. Não temos o direito de ter um software melhor quando é necessário e sim pela vontade da empresa fornecedora. Pergunto ainda: O preço cobrado é justo para quem terá que atualizar o sistema operacional, a todo o momento? E quanto a trocar de versão logo que outra for lançada, comprando outra cópia original do produto, sempre que a cópia anterior não permitir mais atualizações? Há alguém que controla isso? É lícito o mundo inteiro depender de um sistema operacional como o Windows da Microsoft? Temos que aceitar tudo isso de boca fechada? Até quando pagaremos preços de licenças inteiras por licenças com data de validade camufladas? Quando a Microsoft, por exemplo, fará a sua obrigação de dar uma data específica para as novas versões do seu sistema operacional. Há desrespeito e abuso! Queremos microcomputadores mais modernos com sistemas operacionais gratuitos, ou com preços justos integrados ao equipamento, residentes na memória das máquinas. Temos que acabar com a demora na inicialização das máquinas, pois isso, pela tecnologia existente, é inaceitável. Por outro lado, o monopólio da Microsoft é prejudicial, pois fez o mundo inteiro "escravo" do seu sistema operacional. Temos opções? Sabemos que quando surge um competidor, a Microsoft abocanha, na calada da noite. Alguém pode dizer: as pessoas podem optar pelo Linux. Pergunto: e os softwares (aplicativos) necessários para as necessidades das pessoas e empresas? O que dizer da compatibilidade (claro que existe alguma) e do costume das pessoas, que cresceram utilizando o Windows? Utilizei durante muito tempo o Linux, como servidor e também no meu desktop. Nada tenho a reclamar, a não ser, a falta de programas aplicativos para minhas necessidades, que me obrigaram a voltar para o Windows, naquela época. Uso, hoje, o Linux Mint v11. Digo que se a comunidade do software livre/aberto fosse mais organizada, algo poderia ser planejado para melhorar a vida de todos. Se cada um que utilizasse o Windows, por exemplo, doasse um centésimo do que se paga por esse software, para o melhoramento dos sistemas operacionais livres/abertos, como o LINUX ou outro, e o desenvolvimento de novos e melhores aplicativos diversos, teríamos um progresso enorme e conseguiríamos livrar-nos desses monopólios. É questão de organização, conscientização, boa vontade e determinação. Pensem nisso!


Nenhum comentário: