Amar quem nos ama é muito fácil, mas...

Queridos leitores,

Fazer o que gostamos, ou amar quem nos ama é muito fácil. O difícil é fazer o que não gostamos e amar quem não gostamos ou de quem não gosta de nós. Meus comentários limitam-se somente a essas duas coisas, visto que poderia discorrer, no decorrer do texto, sobre outros fatores, como crescimento pessoal e espiritual, transformação de vida, e muitos outros fortemente ligados ao texto abaixo. Veja o que disse Jesus Cristo sobre esses assuntos:

"Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. "(Mateus 5:43-48)

Fazer o que não gostamos, de bom grado, é um ato de humildade, de quebra de orgulho, de quebra de vontades.  Tais fatos  nos preparam para tempos em que não teremos todo o conforto, ou tratando-se de relacionamentos humanos, não estaremos com as pessoas com as quais estamos acostumados e gostamos. Tratando-se ainda de pessoas, como poderemos amar quem nos despreza, até mesmo nos odeia? Não é fácil! Especialmente quando envolve nosso perdão. Como poderemos amar aqueles que não concordam conosco, nos fazem mal, nos machucam e até nos torturam? Jesus Cisto fez isso o tempo todo, e especialmente, quando estava sendo torturado, moído, na crucificação.

 "Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes." (Lucas 23:34). 

É assim que devemos agir para amar a quem não nos ama, quem nos despreza, quem nos tem inimizade: saber que essas pessoas não sabem o que fazem, pois isso é a mais pura verdade. É necessário entender, que trata-se de uma cegueira espiritual. Devemos orar para que Deus Se revele à eles, abençoar essas pessoas, como Jesus Cristo disse acima na primeira citação. Se essas pessoas soubessem da força do puro amor, do amor que Deus nos tem, da Sua graça e praticassem os dois maiores mandamentos que Jesus declarou, haveria uma transformação nas suas vidas. Quem ama a Deus ama ao próximo, quem não ama o próximo não ama à Deus. 

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas." (Mateus 22:37-40) 

"Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" (1 João 4:20)

Poderemos até dizer: Ele era Jesus Cristo e nós somos meros pecadores. Sim, é verdade, embora procuremos chegar ao caráter, a postura, e o viver de Jesus Cristo, somos imperfeitos. É necessário, no entanto, manter uma vida reta, na verdade e na justiça. Penso que podemos começar a exercitar o amor ao próximo, mais simplesmente, como se segue, tendo-se em vista as nossas limitações: Todos fogem de fazer o que não gostam, não é mesmo? Alguns exemplos do nosso cotidiano são: não gostar de comer comida morna ou fria; de comer determinadas frutas e alimentos; de comer uma determinada fruta se essa tiver uma pequena mancha na casca, mesmo que não afete a fruta por dentro; de ver um quadro ou tapete um pouco torto na parede ou no chão, respectivamente; de usar uma roupa, se essa tiver um pequeno amassado; de usar outro banheiro que não seja o de sua própria casa; de andar de chinelos de dedo num lugar mais público; de sair sem relógio; de andar de tênis; ou de andar de sapatos e assim por diante. Num jejum deixamos de fazer coisas que gostamos, como por exemplo, deixar de tomar refrigerante, café, ver TV, por um determinado tempo. Minha sugestão é fazer algo diferente, desde que dediquemos esse exercício à Deus. Isso poderá ser, talvez, o início, um primeiro passo, para começarmos a amar, sem distinção, o nosso próximo. Desafio você, caso sinta que deva em seu coração, uma semana de realização de coisas que você não gosta, como os exemplos citados acima.  Dessa forma, exercitaremos o "fazer o que não gostamos". Um exercício de humildade, de negação de nós próprios, de abnegação dos nossos desejos e vontades. Não confunda minha sugestão, com sacrifício físico, ou qualquer outro tipo de sacrifício. Jesus Cristo nos libertou disso tudo. O objetivo desse exercício é demonstrar, além do que já foi escrito, que o que não gostamos pode ser, talvez, diferente do que pensamos e isso chegar até ao relacionamento com as pessoas. Esse exercício será muito válido, especialmente se o consagrarmos ao nosso Deus. Ore por isso. Não esqueça, que obviamente, ao fazer o que você não gosta, você não poderá fazer algo que prejudique sua saúde; algo como comer uma fruta que lhe cause alergia, por exemplo. Espero e oro, que esse artigo possa, de alguma maneira, lhe motivar a orar mais, abençoar mais, perdoar mais, a amar mais e na solução de algum problema pelo qual  você esteja passando. Acima de tudo não esqueça, SOMENTE Jesus Cristo é o caminho que leva à Deus. Ele mesmo disse isso, como homem, como Deus, pois Deus é Pai, é filho e é Espírito Santo e Deus não mente: 

"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6)

Fiquemos todos na Paz, que excede todo o entendimento, do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.