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sábado, 27 de setembro de 2014

A dificuldade de DESconexão

Queridos leitores,

estamos vivendo um período da nossa história, que podemos considerar histórico. Com o advento de novas tecnologias estamos percebendo a dificuldade de nos mantermos desconectados. Num passado não muito distante começamos com os Telex, Fax, BBS, internet, BIPs, celulares, computadores portáteis, tablets e celulares de última geração com todo o tipo de conectividade, não necessariamente nesta ordem cronológica. A tendência é de piorar ainda mais, com a chegada dos "glasses", como o Google Glass, por exemplo. Trata-se de um óculos em que a pessoa está conectada o tempo todo recebendo diversas informações e chats on-line, diretamente nos seus olhos e pela audição. Outros aparatos tecnológicos ainda mais avançados, certamente já estão sendo desenvolvidos.

Hoje não conseguimos ficar fora do alcance de uma rede WiFi ou rede móvel, em decorrência do uso do Twitter, Facebook e do WhatsApp, só para citar os mais conhecidos, que se tornaram uma febre em todos os lugares. Estamos cada vez mais dependendo de máquinas severamente conectadas entre si, que nos colocam numa realidade alternativa, paralela ao mundo real em que estamos inseridos. É difícil chegarmos num restaurante sem que estejamos digitando alguma coisa nos nossos celulares, tablets ou outro equipamento de comunicação. Mesmo nos nossos momentos de lazer e de compartilhar familiar, lá estão as maquininhas. 

Será que chegará o tempo em que as pessoas terão avatares reais, robôs super fortes, que viverão as nossas vidas, numa juventude perpétua, enquanto elas ficam enfurnadas em seus apartamentos, em poltronas macias e confortáveis, numa vida sem cor, com barba e cabelo por fazer, vestindo pijamas o dia inteiro, servindo apenas como controle e memória para os seus substitutos? Isto já foi retratado no cinema, no filme Substitutos ou Surrogates (nome original), 2009, com Bruce Willis. Nessa "realidade" as pessoas necessariamente não precisavam corresponder a sua verdade existencial, ou seja pessoas poderiam escolher quem desejavam ser. Homens poderiam ser mulheres e vice-versa. Podemos hoje pensar que isso seria até muito bom, pois estaríamos longe da insegurança das ruas, dos assassinatos (já que todos seriam robôs), longe dos acidentes e de muitos outros inconvenientes e fatos indesejáveis da nossa vida diária. Os crimes acabariam. São ótimas e lógicas as justificativas, não é mesmo? Seria tudo ótimo, se não fosse a fácil percepção que isso acabaria com a vida das pessoas. Quem gostaria de viver trancado num apartamento, ligado a uma máquina de controle de um substituto, enquanto o seu precioso tempo de vida passa inexoravelmente. 

Antes que cheguemos a uma realidade destas é necessário que nos disciplinemos, que saibamos que a tecnologia é somente aliada e não alienante. A tecnologia se tornará alienante somente se permitirmos, se facilitarmos através da indisciplina e uso errado das facilidades que ela nos proporciona. É necessário que mantenhamos uma vida saudável, onde a tecnologia não seja a principal coisa do nosso viver diário. Devemos manter os relacionamentos com os familiares e amigos, destinando tempo para o lazer real, longe destas máquinas. Não há nada melhor, do que o conversar pessoalmente, o aperto de mão, o abraço caloroso, o beijo nos nossos familiares o afago do cônjuge de "carne e ossos". Não há nada que substitua o relacionamento pessoal humano. 

Devemos, de preferência, sair fora das rádio frequências, embora isso seja cada vez mais difícil. Devemos ficar longe das "ondas azuis" que são prejudiciais à saúde. Devemos evitar que os celulares fiquem ao nosso lado, no criado mudo, enquanto dormimos. Pior ainda quando estes aparelhos dormem conosco na nossa cama, ou acoplados aos nossos ouvidos. Devemos, se possível, desligar as redes WiFi de dentro das nossas casas, ao irmos dormir. Hoje é comum descansarmos com redes WiFi, celulares e todo o tipo de equipamento transmissor e recebedor de rádio frequências ao nosso redor ou junto de nós. Que tipo de descanso é este? Não é a toa que a depressão atinja hoje, um número "sem fim" de pessoas pelo mundo afora. O filme Lucy, 2014, nos ilustra muito bem a existência das "ondas azuis". Devemos fazer da tecnologia nossa amiga e não a transformar em destruidora da nossa saúde, lares, famílias e relacionamentos, independentemente do motivo para que ela foi criada. 

O apelo deste mundo é tão grande, apresentando-se atraente, simpático e muito bom, a ponto de o Reino de Deus não nos parecer tão "legal" assim e, desta forma, desejarmos "nadas de braçada" nas coisas que este mundo nos oferece. Já não mais nos interessam as coisas de Deus. O alerta está dado.
"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito." (Romanos 12:2)
 Fiquemos todos na paz, que excede todo o entendimento, 
do Nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré.

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